sábado, 31 de dezembro de 2011

TOP 5 - 2011 (5) - Malgore

2011 já era. E a melhor forma de comemorarmos essa marca arbitrária tão significativa é organizar coisas boas e ruins deste período.

Pensando nisso, estou organizando uma coletânea com os melhores sons descobertos, redescobertos ou consolidados por mim na minha história de vida ao longo desse já passado, porém muitíssimo bem vivido 2011.

O termômetro, para mim, mais adequado é pensar o quanto eu aproveitei e aprendi nesse ano por meio dessa retrospectiva cronológica musical. Para tanto, vamos lá:


5- Maglore: Banda baiana mais do que descoberta. Conheci, é verdade, em 2011. Mas mais do que simplesmente ouvi e conheci. Em 2011 fui apresentado a uma das melhores bandas nacionais em atividade. Se tivesse em LP, com certeza teria furado de tanto que eu ouvi essa ótima banda.

Há quem diga que Maglore parece Los Hermanos. Um dos meus feitos musicais mais representativos de 2011 foi no tuíter, quando apresentei para alguns amigos e pedi suas opiniões, ouvi o famigerado lugar comum que Maglore é ressaca de Los Hermanos, Malgore é a Los Hermanos mastigado e até mesmo que a Maglore quer ser Los Hermanos. Bom. Eu discordei e continuo discordando. Até compreendo que em um primeiro contato, há uma semelhança. Como até mesmo o vocalista Teago comentou via tuíter, alguns trechos de algumas músicas parecem e não há como negar que os barbudinhos influenciaram e muito essas novas gerações de bandas, visto o ineditismo dos cariocas e a abrangência que o som deles alcança.
É difícil inovar ou buscar novos rumos para a sua música sem passar por grandes referências. Para mim, há outras referências no som da Maglore até mais marcantes do que Los Hermanos, como Legião Urbana, Mutantes e Pearl Jam. Acredito que não se pode definir uma comparação musical sem se pensar em todos os aspectos que envolvem os alvos da comparação.
Neste caso, há, assim como em LH, as letras introspectivas e autoviográficas com alto teor de reflexão, a melodia que perpassa por samba, bolero e algumas valsinhas e suas músicas são ideais para shows lotados com todos cantando todas as letra de cabo a rabo a plenos pulmões. Porém, a pegada é mais roquenrou, as guitarras são mais sujas e com mais sustain (até pelo uso de humbuckers, o que não há em LH). O vocal lembra bastante o timbre mais grave e rasgado de Renato Russo e Eddie Vedder. Algumas reflexões se contradizem, o que, para mim, é uma qualidade de compositores. Os teclado, da mesma forma que os de Bruno Medina (LH), buscam uma melodia harmoniosa e positiva do mestre Arnaldo Baptista, mas com mais recursos Pop e Psicodélicos do que os experimentais de Medina. Linhas de baixo mais dançantes e uma marca mais de música de estádio do que LH. Como vocês viram, é impossível não comparar com LH, mas gostar de música te leva a isso. Escutar, estudar e experimentar. Hoje, não ouço semelhança alguma com LH, mas para isso tive de percorrer um certo estudo no som da banda para tentar buscar onde ela bebeu para apresentar algo tão sincero e autêntico. O que é mais importante, a meu ver nessa banda: a Identidade. E é isso que faz de Maglore uma banda, a meu ver, interessantíssima.

Veja aí o que você acha e comente aí. É importante levar a discussão adiante.










Nesse último, eu estava lá. Showzaço no Hocus Pocus - SJC. Vale a pena conferir quando eles voltarem. Fui em 2 em 2011 e iria em mais se pudesse e o dinheiro desse (!)...