sábado, 17 de abril de 2010

Mais explicações

Eu não queria ter que explicar tudo tantas vezes, mas como nem sempre isso é possível, visto que no meu mundo mágico boa parte das pessoas que me exigem explicações posteriores não participam, definitivamente, do compartilhamento da minha felicidade e, sem dúvidas, eu compartilho de poucas opiniões, razões ou motivações completamente alheias à quase tudo o que essas pessoas, que, por motivos óbvios e de conhecimento de (quase) todos, são a maioria nesse mundo de mer...
Infelizmente, como o meu mundo mágico não pode ser compartilhado por completo com todos, eu explico.

Sim. Sou a favor da distribuição da música gratuitamente sim.
Não. Isso não é pirataria.
Eu disponibilizo download das minhas coletâneas. E o faço sem ganhar dinheiro algum. O blog não tem patricínios. Eu posto pouco porque trabalho para pagar minhas contas e acabo não tendo nem muito tempo muito menos muita disposição para publicar diariamente coisas que eu acho interessantes por aqui.
Se eu fizesse disso uma atividade comercial e rentável eu poderia até ganhar algum dinheiro, como já me disseram algumas vezes por aí, mas eu não tenho nada a ver com isso. Só uso o espaço pra fazer o que eu quiser, quando eu quiser e quantas vezes me for conveniente. Talvez esse seja o último post, talvez não. Talvez eu pare de escrever para sempre no meio de um texto a ser publicado. Talvez eu comece a escrever em Romeno de agora em diante. Talvez eu seja o Batman. Muitas coisas podem ser. E foda-se se são ou não.
Eu paro quando a minha vontade essa for. Até lá eu posto o que eu quiser e que se foda. Não preciso agradar. Na verdade eu nem preciso disso. Assim como você também não precisa. Se você não gostar, foda-se. Pode falar. Se eu ficar sabendo e isso me chatear, foda-se. Tudo bem que isso dificilmente aconteceria devido à quantidade de críticas que eu mesmo já me faço e às críticas inúmeras que me fazem por dia e que não me deixam chateado. Mesmo se você for um filho da puta que vem aqui pra corrigir a minha regência ou as possibilidades de prosódia que as minhas construções lexicais podem suscitar... foda-se. Não vai me chatear. Se nem responder e explicar tantas coisas imbecis que eu faço aqui me irrita....
Enfim. O que eu faço não me gera receita, lucro nem nada. Nem críticas positivas eu ganho muito. Então, para os que chamam as minhas coletâneas de Pirataria, aqui vai a resposta: eu não vendo músicas dos outros. Eu não ganho dinheiro com esse site, não participo de nenhum tipo de associação comercial que obtem lucro com esse blog sobre coisas "não importantes" para o mundo, mas que para mim são vitais e, principalmente, as coletâneas todas são montadas com base em mp3 advindas de ripagem de CD's originais. Quem quiser tirar a dúvida pode vir aqui em casa que eu mostro todos os originais.

Por último: Sim. Eu coleciono CD's e (muito pouco, mas muito pouco mesmo!!!!) alguns vinis. E também estou colecionando o álbum da COPA.

formspring.me

Ask me anything http://formspring.me/mariomrtfilho

sábado, 3 de abril de 2010

A cara do "Rock Sueco"

Por assim dizer, parece chulo descrever uma vertente do Rock com o nome de um país que, para o mundo apresentou apenas o Hellacopters como grande expoente do Rock.

Assim como muitos dizem que a seleção da Suécia de futebol só disputou uma final de Copa do Mundo por jogar em casa e ainda foi massacrada pela seleção de Pelé. Muitas inverdades, me desulpem, amigos. A Suécia so jogou em casa em '58 porque já tinha estrutura para tal. E só o tinha porque tinha uma liga forte e competitiva e ótimos jogadores. Consequentemente, uma oa seleção. A Suécia jogava um ótimo futebol. Duvida? Baixe o jogo e assista. Tem disponível no buscador de torrent www.torrentz.com. Outra inverdade: A Suécia não foi massacrada. E a Seleção Brasileira não era Pelé e mais 10. Pelé foi a peça que essa seleção precisava para se tornar a máquina que foi. O dono desse time era Didi. O responsável era Feola e o motor era Zagallo. O golaço de Pelé e o placar encobriram o ótimo futebol sueco. E a escola sueca está aí até hoje. No esquema de Sir Alex Feguson e Pepe Guardiola. É só conferir. Prometo postar mais sobre isso no meu outro blog, onde escrevo com mais dois amigos sobre futebol. Vamos nos ater aqui à música e ao rock Sueco.

Mais do que uma banda sueca de Classic Rock ou de Roquenrou, os Hellacopters são um expoente da passagem do Classic Rock pro Hard Rock. Polêmico dizer isso, não? Cronologicamente, não faz sentido algum, mas há um detalhe importantíssimo. Essa passagem não é na representação da susseção cronológica do mainstream, mas sim dos ouvintes fiéis do bom e velho e eterno roquenrou. Eu explico.

O Hellacopters modernizou o Classic Rock com guitarras mais objetivas, flutuantes e com tibres mais orgânicos. Sem o excesso de distorção (que não é um retrocesso, nem mesmo um avanço que pula etapas para o roque) de bandas como Guns N' Roses, Motley Crue ou Judas Priest. Nem mesmo o excesso (também nãoprejudicial) de Van Halen e Skid Row. As guitarras do Hellacopters são um sistema híbrido de vivacidade e peso. O baixo "non-stop" bastante suingado (mesmo com poucos slaps ou phaser) e a bateria animada e pra cima, somam ao vocal rasgado sem ser agudo demais ou gutural.

É um roque mais animado que retoma padrões dos aos 50 e 60 de guitarras de R&B e Skiffle aceleram o ritmo e a empolgação de quem toca tanto quanto de quem ouve. Os solos simples e "na medida" mostram um conhecimento avançado do roquenrou mais enraizado e da raiz de seu surgimento como contestação mais do que como exibcionismo vazio que veio muito à tona com algumas bandas do Hard Rock. As letra não falam nem de amor, nem de rituais satânicos ou mesmo de problemas de comportamento. Falam da juventude, de um senso crítico mais apurado que se exigiu naqueles fins de século XX e vem até com mais importância ainda. Os Hellacopters dão a cara a tapa. Não se esquivam do que o Roquenrou sempre pregou: atitude, questionamento e posicionamento.

O Hellacopters faz também as vezes do bom e libertador "Rock de Estrada". É um som pra ouvir na estrada. De preferência em boa companhia e se possível em um conversível pra sentir muito vento arejando pensamentos moldados sem nosso consentimento ou mesmo aqueles que a gente passa o ano inteiro reprimindo no dia-a-dia pela nossa necessidade de vida social e que nos limita a tal. Na estrada, a música precisa ser libertadora. (aliás, estou preparando uma boa coletânea para estrada. Vale a pena conferir)

Esse é o momento onde você se pergunta: "Tá. Já entendi. Isso é Hellacopters pra esse fera aí. Mas e a "cara do Rock Sueco?"

Eu te respodo: Olhe em volta. Quem mais fez isso antes dos Hellacopters? Ninguém. Mas na Suécia é esse o Roque. Hellacopter foi a banda que se deslocou e chegou, de certa forma, ao mainstream. The Hives, The Maggots e Backyard Babies, com uma sonoridade mais punk se aproximam bastante do som o Hellacopters pelas guitarras e bateria mais "pra cima" tem uma sonoridade bastante parecida. Ou mesmo o Marylism que já vai bem forte na raiz do punk setentista já tem ainda mais semelhanças pelas letras mais introspctivas e de contestação. (Obviamente todas têm letras em inglês, pois se fossem em Sueco, não poderia estar comentando nada sobre elas, já que o Sueco ainda não é uma língua conhecida por mim. Aliás está bem longe disso.)

Enfim, o que eu pretendo chamar a atenção de vocês, leitores interessados, é para um padrão que os Hellacopters trouxeram quando o ex-baterista do Entombed, Nicke Royale decidiu mudar os rumos de sua carreira e virou vocalista e guitarrista (como fez Dave Grohl e tantos outros) e saiu de cena no Death Metal pra fazer um ótimo roquenrou que em 16 anos de carreira influenciou algumas ótimas bandas que seguem seu estilo como TheDarkness, Ugly Kid Joe, Wolfmother e mesmo o The Hives.


Segue abaixo uma resposta dada por Royale em entrevista ao site Whiplash:

"Acho que tanto para os fãs do Hellacopters quanto para os fãs o Entombed, eu gostaria de dizer que é importante não se limitr e ficar preso em um canto. Boa músic será sempre boa música não importa se é death metal, blues, disco. Não importa. O que é bom é bom. Não liguem tanto para estilos o coisas assim."


Vale a pena conferir: