terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Recomendação

Banda Francesa: Khâ

link: http://www.myspace.com/musikha

Vale a pena. Melhor inclusive sem muita falásica sobre a banda. É fenomenal. Só adianto que tem um ótimo baixista, um vocal bastante feminino e harmonioso. Um "Q" de jazz, um "Q" de soul, um "Q" de pub e um "Q" bem fanqueado. Experiência nova interessante.

Ah sim! As letras são em francês! Descobri no DEEZER para praticar um pouco do que estou aprendendo. Como aprendizado de francês é bem interessante. Mas não só por isso. Nessa minha empreitada musical na língua francesa conheci bastante coisa interessante. Essas letras são boas. Tem melhores, mas são boas.

Confiram! É realmente interessante. Até pra quem não tá afim de aprender francês, é interessante porque é um som bastante melodioso e a voz já compensa a imcompreensão do discurso.

Videozinho bacana, pra quem só acredita vendo:

domingo, 27 de dezembro de 2009

Comprem discos

eu vou comprar um disco
um disco eu vou comprar
comprar um disco eu vou
disco, disco, disco....
eu vou, eu vou
comprar um disco eu vou...
eu vou comprar um disco
um disco eu vou comprar
um disco comprar eu vou
comprar um disco eu vou
eu vou, eu vou...
comprar um disco eu vou!



PS: mantra pós-moderno muito utilizado pelas gravadoras na propaganda da obsolecência programada. É a Indústria Cultural transformando a arte e commodity.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Marinheiros de primeira viagem

Só para explicar aos que entraram pela primeira vez e ainda não entendem do que se trata esse blog, aqui vai uma explicação:
Nada

ou algumas coisas que não são de nada mais eu gosto, então digo alguma coisa sobre essas coisas.

Esse blog valoriza a inutilidade do ócio. O ócio não precisa ser produtivo. Levando em consideração o que vem a ser produtividade nesse mundo de "meu deus".
Sejamos inúteis e aproveitemos nosso ócio com a falta de produtividade. O melhor remédio é apreciar coisas que não valem muito e não estão no cerne da discussão mundial. Fodam-se os Nardoni, os padres baloeiros, os meninos João Hélio e o gartinho das agulhas. Não. Não é humor negro. (aliás se você pensou nessa expressão considere as suas concepções sobre racismo, talvez você seja racista) É somente uma forma de protesto contra essas inutilidades que passam o tempo todo na mídia não só televisiva como já avança pela internet esse monte de merda que não significa nada. O ódio do homem sempre existiu e não é por ser televisionado que ele será banido do mundo. Nós não estamos avançados em relação às guerras. Nós estamos em guerra. Nós estamos sublimando a violência e o absurdo. Isso é um absurdo, não um advogado imbecil arremessar a filha pela janela, muito menos um ritual satânico que envolve sacrifício de enteados. Isso é absurdo, dar valor a isso é absurdo. Aqui nada disso existe. Foda-se a violência. Ela existe, livre-se dela. Pense em coisas inúteis. Não lute contra a violência. Ela é maior do que você. O maniqueísmo da nossa vida pouco importa para a história. Nosso descontentamento não vale nada enquanto ficamos em frente à TV assistindo isso ou lendo sobre isso na internet. De nada vale esse monte de informação. Vale se não propagarmos esse monte de merda que eles insistem em nos fornecer a todo momento.
Não... esse blog não valoriza a alienação. Valoriza o momento de alienação. Valoriza uma alienação que os discursos de lugar comum nunca entenderão ou abrangerão. A alienação cultural não é alienação. Cultura é o que nos identifica e nos diferencia. Somos o que a nossa cultura nos faz. Essa cultura aqui é em valor da arte, não da informação desinformacional. Fodam-se os espetáculos da televisão. Viva a cultura. Inútil não é o que não está na TV. Inútil é o que te faz acostumar. Não se acostume com a violência, nem com o sensacionalismo. Ignore-os. Viva a cultura, viva o que a televisão e o sistema capitalista chama de inútil. Expresse-se. Faça valer o que você pensa. Eu estou fazendo isso aqui. Falo sobre o que me faz um ser humano melhor e mais humano a cada dia. Arte. Cultura. Isso me engrandece. Se isso te engrandece também, você é um inútil como eu. Essa inutilidade, eu garanto, só é inútil pra quem não conhece ou ignora. Então ignore o que realmente é inútil e valorize a arte, a cultura e o que faz o homem melhor. Não o que dá medo ou dó. Aqui dó é uma nota e a nota que eu dou para o que o seu mundo de merda considera útil é zero. Dó é só o início de uma escala maravilhosa que nos leva a um mundo absurdamente interessante e útil. O homem se faz pela sua cultura. Foda-se quem disse isso antes de mim.

PS:

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Senha arquivo

Só pra facilitar a vida de vocês, turminha, a senha para descompactar o arquivo do Bob Dylan e Côveres é algumacoisadenada.blogspot.com

Mas lembrem-se! não adianta só copiar e colar! tem que digitar!

Aliás... a senha é a mesma para descompactar o arquivo 90's One Hit Wonder, ok?!

abraços de guaxinim a todos

domingo, 13 de dezembro de 2009

Recomendação

Outra recomendação pra vocês:

Dinosaur Jr - Farm

O grunge ainda vive! Assim como outras bandas que se mantém na estrada até hoje como Sonic Youth e Mudhoney, o Dinosaur Jr ainda está por aí.
Para os que acham que o grunge morreu junto com Kurt Cobain e Shannon Hoon, enganam-se. E por completo. Depois de 94 com a morte de Kurt e de 95 com a morte de Hoon, muito foi feito em prol do dito "Som de Seattle". O fenômeno grunge que alastrou o mundo e mudou muitos parâmetros na produção musical como um todo, tem vida própria e pós-MTV não só com seus discípulos como Weezer, Radiohead e Silverchair, mas com os grandes monstros de Seattle.
Apesar de não serem de Seattle e nem mesmo considerados como parte do movimento grunge do início dos anos 90, Sonic Youth e Pixies se enquadram dentro a perspectiva grunge por terem sido as maiores referências dos sujinhos de Seattle. Pois começaram muito tempo antes de Nirvana & Cia. Datam do início dos anos 80, juntamente com o surgimento do som New Wave e da consolidação do Punk como uma vertente representativa do Rock. Porém, ao mesmo tempo, em meados de 1983, na pequena cidade de Amherst, Massachusetts, J Mascis, Lou Barlow e Emmett Murph montaram o Dinosaur Jr. Inicialmente com Mascis na bateria e só com o nome Dinosaur. Também não eram de Seattle, mas já tinham os cabelos compridos, calças rasgadas, o pedalzinho Fuzz caseiro, as camisas xadrez e principalmente o som sujo e evoluído do Punk. O primeiro disco veio com o nome Dinosaur, pelo selo independente Homestead. O Dinosaur Jr saiu ainda sem sobrenome pela estrada e foi encontrar um público fanático e identificado com seu som justamente onde? Seattle. Lá se fazia música da mesma forma. Essa identificação com Seattle, fez com que o Dinosaur excursionasse muito pela região e fizesse ótimas amizades por lá. Mark Lannegan, ainda vocalista do Screaming Trees foi um de seus primeiros fãs fervorosos e um grande incentivador da banda e divulgador. Com o surgimento de outras bandas com a mesma estética e sonoridade como o Soundgarden, Alice in Chains, o próprio Screaming Trees, Skin Yard e The Methodists, o Dinosaur Jr foi se tornando aos poucos um ícone entre essas bandas, porém ainda "estrangeiros". J Mascis, guitarrista, vocalista e líder do grupo, assim como todo gênio, tinha sérios problemas de relacionamento com seu amigo e baixista Lou Barlow. Perfeccionista que sempre foi, reclamava demais dos seus companheiros de banda e exigia cada vez mais espaço para seus intermináveis solos de guitarra e maestrava todos os arranjos. O que para quem é músico, é um problema. Mascis começou a tratar seus amigos e companheiros de banda como empregados. O famoso sucesso que sobe à cabeça do gênio. Consequência das briga? Mascis sozinho com muitas músicas prontas e atordoado com a necessidade de criação. Isso foi 89. Ano de lançamento do Bleach do Nirvana, do Ten do Pearl Jam e do primeiro disco do Alice in Chains, intitulado como Alice in Chains. Foram 3 discos com a primeira formação e mais 4 com Mascis gravando tudo sozinho e convidando músicos amigos para acompanhá-lo em seus shows. Quando em 1991, o Sonic Youth saiu em turnê pela Europa e o Nirvana ia despontando como principal representante do Grunge para a grande mídia, as duas bandas emcabeçadas pelo Sonic convidaram o Dinosaur Jr para a turnê europeia. Desta turnê saiu um documentário, intitulado "1991, o ano em que o Punk morreu" recheado de apresentações ao vivo das 3 bandas e entrevistas de Thruston Moore com o público. Vale muito a pena ver o artista perguntando a seu público sobre as razões de estarem ali naquele momento e sobre o que é o movimento grunge, etc. Extremamente contestatório e intimista, ao mesmo tempo, poucos eram os jovens que enxergavam razão naquele movimento e no momento em que estavam presenciando na história do Rock e mesmo do mundo pós-guerra fria. O próprio Nirvana fora engolido pela Indústria Cultural e exemplificou o fim da independência pela morta de seu maior representante por conta de sua situação. Kurt morreu porque foi engolido pelo mercado e sua música lutava contra o movimento que via no mundo todo, mas por isso mesmo, na maior ironia da história da música, o grunge, música independente e contestadora de todo um sistema consumista, fora engolido pelo sistema e morreu melancolicamente sem aguentar a força do mercado.
Quem sobreviveu, vive até hoje independente, mas depende de outras fontes de renda para sobreviver, como Mark Arm e Steve Turner do Mudhoney que trabalham em lojas de discos e locadoras de Seattle, mas mantém a banda na estrada em turnês e discos novos. Lucky Ones saiu ano passado e teve passagem da banda pelo Brasil em Outubro. Da mesma forma, Mascis viveu de empregos informais e participações em discos de amigos, após decretar o fim do Dinosaur Jr em 1997. Contudo, em 2000 reuniu a banda para uma participação nos estúdios da BBC. Em 2005, reuniu os integrantes iniciais novamente e já em 2007 lançaram Beyond, muito agraciado pela mídia.
Em junho 2009, eles lançaram o décimo disco da banda, intitulado "Farm". O disco marca a volta definitiva da banda e o resgate do grunge e se juntam ao Blind Melon nessa espécie de Revival do grunge nos fins dessa primeira década de 2000. O que diferencia é que ao contrário do Blind Melon, que teve de buscar uma nova voz para sua banda, o Dinosaur Jr volta com toda força e com sua formação inicial. Mascis na guitarra, vocal e composições, Barlow e sua inconfundível força e criatividade no baixo e Emmett na bateria "non-stop" e cheia de viradas imcompreensíveis. Esse é o novo velho Dinosaur Jr e o novo e velho "Som de Seattle", mesmo não sendo de Seattle. Mascis manteve suas madeixas, mas agora brancas como a neve, Barlow ainda com sua feição nerd e Emmett de cabeça lisa, mas a energia "pra cima" e ao mesmo tempo suja do Dinosaur Jr. E, é claro, com os imensos e criativos solos de Mascis e sua voz, as vezes displicente, quase desafinada, lírica e bêbada de sempre. Vale a pena conferir!

Vídeo de I Don't Wanna Go There para vocês sentirem a energia fluindo forte.



Download do Disco - Dinosaur Jr - Farm

Dá pra baixar de graça no site da banda! Confiram e agradeçam a eles!

http://media.pias.com/dinosaurjrfarm/

sábado, 5 de dezembro de 2009

Recomendação

Chickenfoot

Banda formada por nada mais nada menos que Sammy Hagar (vocal/guitarra), Michael Anthony (Baixo/Vocal), Joe Satriani (Guitarra) e Chad Smith (Batera/vocal)

Pra quem não conhece os bróder aí vai:

Sammy Hagar substituiu Dave Lee Roth na segunda fase do Van Halen.
Michael Anthony é o lendário baixista também do Van Halen
Joe Satriani foi professor de Steve Vai e Kirk Hammet. Segue em carreira solo já há mais de 20 anos. Além disso, é membro fixo do G3 e vem sendo acompanhado por John Petrucci e Paul Gilbert desde 2007, mas com participações especiais de outros monstros como Brian May e Kayne Wayne Shephered.
Chad Smith é o baterista do Red Hot Chilli Peppers desde 1988 e ainda continua com a gigantesca banda de LA.

Jogados em liquidifacor com ótimos condimentos do Pop, a irreverência do Van Halen e dos Peppers muito bemn representados e somados à massa técnica e conhecimento musical de Satriani, o Chickenfoot surge como uma espécie de salvação do Hard Rock. Com vocais claros e objetivos de Hagar, linhas de baixo pesadíssimas e marcantes, a bateria alto-astral e swingadíssima de Chad Smith, Satriani complementa sem exageros com Riffs acessíveis e de vida própria e resgata a marca registrada do Hard Rock: Os solos de guitarra. Um pouco além do que se podia imaginar, os quatro conseguiram alcançar uma química ótima e deram liga a uma banda que parecia ser apenas uma jogada de marketing de projetos paralelos de muitos artistas. O que vem sendo moda no rock de "nowadays". Dessa vez, podemos imaginar mais do que um disco e uma mini turnê americana. Dificilmente os músicos vão abandonar seus projetos mainstream, mas, possivelmente, teremos uma nova ótima banda surgindo. O disco é bom, nota 8,5 e parece ser só o primeiro. Como início de projeto, vale a pena. Não é um grande disco de Hard Rock, mas é um bom sinal de vida para o gênero que vem se auto-destruindo com bandas como Guns n' Roses, Aerosmith e Bon Jovi, que hoje já não conseguem mais contribuir com o estilo consagrado no Rock. Espera-se que a união de tantos ingredientes deem liga por um bom tempo e façam companhia ao AC/DC! A irreverência, os solos, a estética e, principalmente, a pegada parecem contribuir para o sucesso e a continuidade da banda. resta saber quanto mais eles nos poderão servir e deliciar o sabor de volta do estilo. Pessoas conhecidas, fazendo um som novo já um ótimo drink para acompanhar o deleite dessa nova experimentação culinária e musical!
Agora, por quê Chickenfoot (pé de galinha) ? Hippie ou Hype?

Antes de baixar o disco no link lá em baixo, aí vai um clipe do Chickenfoot:



Aqui tem um link para você baixar o disco completo:

CD CHICKENFOOT