quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Marinheiros de primeira viagem

Só para explicar aos que entraram pela primeira vez e ainda não entendem do que se trata esse blog, aqui vai uma explicação:
Nada

ou algumas coisas que não são de nada mais eu gosto, então digo alguma coisa sobre essas coisas.

Esse blog valoriza a inutilidade do ócio. O ócio não precisa ser produtivo. Levando em consideração o que vem a ser produtividade nesse mundo de "meu deus".
Sejamos inúteis e aproveitemos nosso ócio com a falta de produtividade. O melhor remédio é apreciar coisas que não valem muito e não estão no cerne da discussão mundial. Fodam-se os Nardoni, os padres baloeiros, os meninos João Hélio e o gartinho das agulhas. Não. Não é humor negro. (aliás se você pensou nessa expressão considere as suas concepções sobre racismo, talvez você seja racista) É somente uma forma de protesto contra essas inutilidades que passam o tempo todo na mídia não só televisiva como já avança pela internet esse monte de merda que não significa nada. O ódio do homem sempre existiu e não é por ser televisionado que ele será banido do mundo. Nós não estamos avançados em relação às guerras. Nós estamos em guerra. Nós estamos sublimando a violência e o absurdo. Isso é um absurdo, não um advogado imbecil arremessar a filha pela janela, muito menos um ritual satânico que envolve sacrifício de enteados. Isso é absurdo, dar valor a isso é absurdo. Aqui nada disso existe. Foda-se a violência. Ela existe, livre-se dela. Pense em coisas inúteis. Não lute contra a violência. Ela é maior do que você. O maniqueísmo da nossa vida pouco importa para a história. Nosso descontentamento não vale nada enquanto ficamos em frente à TV assistindo isso ou lendo sobre isso na internet. De nada vale esse monte de informação. Vale se não propagarmos esse monte de merda que eles insistem em nos fornecer a todo momento.
Não... esse blog não valoriza a alienação. Valoriza o momento de alienação. Valoriza uma alienação que os discursos de lugar comum nunca entenderão ou abrangerão. A alienação cultural não é alienação. Cultura é o que nos identifica e nos diferencia. Somos o que a nossa cultura nos faz. Essa cultura aqui é em valor da arte, não da informação desinformacional. Fodam-se os espetáculos da televisão. Viva a cultura. Inútil não é o que não está na TV. Inútil é o que te faz acostumar. Não se acostume com a violência, nem com o sensacionalismo. Ignore-os. Viva a cultura, viva o que a televisão e o sistema capitalista chama de inútil. Expresse-se. Faça valer o que você pensa. Eu estou fazendo isso aqui. Falo sobre o que me faz um ser humano melhor e mais humano a cada dia. Arte. Cultura. Isso me engrandece. Se isso te engrandece também, você é um inútil como eu. Essa inutilidade, eu garanto, só é inútil pra quem não conhece ou ignora. Então ignore o que realmente é inútil e valorize a arte, a cultura e o que faz o homem melhor. Não o que dá medo ou dó. Aqui dó é uma nota e a nota que eu dou para o que o seu mundo de merda considera útil é zero. Dó é só o início de uma escala maravilhosa que nos leva a um mundo absurdamente interessante e útil. O homem se faz pela sua cultura. Foda-se quem disse isso antes de mim.

PS:

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