terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Top 5 2011 (3) - Portugal. The Man

*Recomendação do grande amigo e produtor fonográfico Bruno Zibordi. (Leia aqui a crítica dele sobre o álbum American Ghetto)

3- Portugal. The Man. Estranho, mas nem tanto. Diferente, mas nem tanto. Pop, mas nem tanto. Diferenciado, isso sim.

Em 2010, conheci, mas, assim como no caso do barbudinho Ray do post anterior (clique aqui, se você ainda não leu), não me debrucei com o afinco que a excelente banda do Alaska merece. Em 2011, cuidei de buscar todos os discos e vídeos da banda para entendê-la como um todo. Percebi, logo de cara, uma certa influência do Trip Hop de grupos como Massive Attack e Portishead. Mas, como tudo o que pode ser considerado de qualidade em música, as referências não param por aí. O princípio do Trip Hop de mesclar o eletrônico, o lírico e o R&B fica apenas na roupagem da produção de suas canções. Com 7 discos lançados de 2006 a 2011, o quarteto traz à tona muitas influências do Psicodélico ao Pop com um arranjo de vozes de dar inveja a qualquer fã de Beach Boys e The Byrds. Quatro vozes trabalhando separadamente juntas e formando acordes líricos em uma base que percute como o Trip Hop e soa como folk não é algo simples ou comum de se ver nos dias de hoje. Admirável, por sinal. Com letras que revivem os temas anti-consumismo e conflitos do homem contemporâneo e a claustrofobia de tanta informação inútil em nosso estilo de vida hoje em dia. Uma renovação, eu diria na temática do Rock. Aliás, rótulo que não considero válido para o quarteto. Apesar de algumas guitarras distorcidas em alguns momentos e vocais rasgados, além das temáticas das letras.
Quanto ao nome, nada demais. Somente uma excentricidade coesa com o propósito da banda.
O som, por ser elaborado, parece encobrir músicas e letras, às vezes, fracas, é, na verdade um corpo cuidadosamente bem elaborado para músicas que, sim, tem uma alma tão bela quanto. Para tanto, basta atentar às versões acústicas das músicas para perceber a qualidade das músicas em um formato mais cru.

Prepare-se para se surpreender e pensar "Como eu nunca ouvi isso antes?". Pois é. Procure saber:
















Versão acústica de People Say:

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