segunda-feira, 21 de março de 2011

Engenheiros do Hawaii - Outras Frequências (Acústico MTV)



Recomendação de música. Letra e música, geniais. Para os que acham que as gerações pós-ditadura não poderiam produzir boas letras, engajadas, com conteúdo e, principalmente, para os que sempre acham que o maior mal do artista é não ter um inimigo. Não vejo por que uma letra como essa não pode ser mais metaforicamente clara e atual em nossas gerações. Tanto a minha quanto a sua. Seja lá qual for a sua, mas certamente já dominada pelas mídias audiovisuais. Seria tudo muito mais fácil simplesmente se não precisássemos escolher, mas infelizmente, aos que não gostam do que 'todo mundo' gosta, só resta protestar e ouvir críticas que melhor soam como elogios. Se você me chama de sonhador, obrigado. Se chama o que eu acredito de utopia, obrigado. Se me 'xinga' de alternativo, obrigado. Eu escolho as minhas próprias alternativas. Se você me chama de alienado, obrigado, mas infelizmente, eu adoraria estar alienado, mas não consigo. Talvez, por isso, me incomodo com o que vejo. Porque vejo demais. Se você me chama de chato, obrigado. Não gostaria de ser conformado ou conformista, muito menos reformado ou recalcado. Obrigado. Se você acha que eu só vejo o lado ruim das coisas, obrigado. Odiaria me iludir somente com o belo e o poético. Mas acho mais poético a ilusão do belo no feio, como 'todo mundo'. Se você acha que eu sou um comunista da ideologia e um capitalista na atitude, obrigado. Fico feliz de que minha ideologia esteja à mostra. E mais ainda, o que deixa mais contente com isso é saber que não sou a rocha que vejo em 'todo mundo' nem a manteiga que vejo no mesmo 'todo mundo'.
Ou como diria Gessinger, "Existe um muro de Berlin no meu coração".

... e melhor ainda: "Amar e mudar as coisas. Isso me interessa mais."

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